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Benfica-Sporting: Só um homem em campo sabe o que é vencer uma final da Taça

No meio de duas equipas recheadas de talento, há apenas um jogador que sabe o que é levantar a Taça de Portugal após uma final em campo. E não, não é nenhuma das grandes estrelas mediáticas. É Ricardo Esgaio, lateral do Sporting, que carrega essa experiência solitária entre os 50 convocáveis para o dérbi decisivo no Jamor.

Em 2021, com a braçadeira de capitão do SC Braga, Esgaio foi o primeiro a erguer o troféu numa final em Coimbra, frente ao Benfica (2-0). Quis o destino que, quatro anos depois, ele seja o único em campo neste Benfica-Sporting que sabe o sabor da vitória numa final de Taça… jogada. Mesmo entre os benfiquistas, ninguém tem essa honra com a camisola encarnada.

Entre finais e ausências

Nicolás Otamendi venceu a prova com o FC Porto em 2011, mas nunca jogou uma final. Em 2021, já pelo Benfica, esteve presente na derrota frente ao SC Braga, mas não chegou ao Jamor. Já Bruma, que agora veste de águia ao peito, também conhece o palco: jogou a final de 2023 pelo SC Braga, onde perdeu para o FC Porto.

Curiosamente, nenhum jogador do atual plantel do Benfica esteve no Jamor com a camisola do clube. Florentino Luís foi suplente não utilizado na final de 2020, realizada em Coimbra.

Do lado do Sporting, a história é outra. A final da época passada frente ao FC Porto (1-2) dá aos leões uma vantagem de experiência recente no palco da decisão. Nomes como Gonçalo Inácio, Hjulmand, Pedro Gonçalves, Gyökeres e Trincão voltam ao Jamor com memórias frescas — ainda que amargas. A grande dúvida prende-se com Esgaio, castigado após a expulsão frente ao Benfica na Luz. O clube recorreu, tentando tê-lo disponível.

O curioso caso de Eduardo Quaresma

Enquanto isso, Eduardo Quaresma carrega uma marca singular: pode tornar-se o único jogador em campo com duas finais perdidas. Foi derrotado com o Tondela em 2022 e novamente pelo Sporting em 2024, entrando após a expulsão de St. Juste.

Este domingo, muito mais do que um troféu estará em jogo. Está em causa o orgulho, a história recente dos clubes e a oportunidade de quebrar ciclos ou reforçar estatutos. E, no meio de tantas estrelas e talentos em ascensão, é Esgaio quem carrega a memória viva de uma final conquistada em campo.

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