Benfica

Di María no Jamor: a peça tática que pode decidir a final da Taça de Portugal

A final da Taça de Portugal entre Benfica e Sporting, marcada para este domingo no Estádio Nacional do Jamor, promete não apenas ser um espetáculo de rivalidade, mas também um duelo estratégico entre Roger Schmidt e Rúben Amorim. E uma das incógnitas que pode fazer a balança pender para um dos lados é a possível titularidade de Ángel Di María.

O extremo argentino, que nesta época já demonstrou ser uma mais-valia no último terço do campo, está a preparar-se para aquela que pode ser a sua primeira e única final da prova rainha em Portugal. Com uma carreira recheada de títulos e experiência, Di María traz ao Benfica muito mais do que magia: ele oferece inteligência tática, leitura de jogo e versatilidade ofensiva.

Di María foi utilizado apenas 45 minutos no último clássico frente ao Sporting, a 10 de maio, e apesar de um desempenho discreto, a sua substituição ao intervalo teve mais a ver com a estratégia de gestão física do que com o rendimento. Na última jornada contra o Sp. Braga, entrou como suplente e fez uma assistência para Pavlidis, mostrando que continua a ser uma peça-chave mesmo com minutos limitados.

Do ponto de vista tático, Di María pode ser o “joker” de Roger Schmidt. Se atuar como extremo direito no habitual 4-2-3-1 do Benfica, tem liberdade para vir para dentro com o seu pé esquerdo e explorar espaços entre linhas — algo que pode expor a linha média do Sporting, especialmente se Amorim mantiver o trio de centrais com alas bem projetados. Se vier do banco, pode ser utilizado para quebrar o ritmo e oferecer criatividade quando o jogo estiver mais partido.

Além disso, a sua experiência em finais e em jogos de alta pressão pode ser crucial num cenário onde o nervosismo e a ansiedade são fatores reais. A sua tomada de decisão no último terço pode oferecer o equilíbrio necessário ao Benfica, principalmente se o jogo estiver travado ou em desvantagem.

Seja a partir do primeiro minuto ou como arma secreta no banco, Di María será uma dor de cabeça para Amorim. A questão é: o Sporting está pronto para neutralizá-lo? Ou será que o veterano argentino ainda tem guardado mais um momento de brilho para fechar a época com chave de ouro?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RSS
Follow by Email